Nem os infernos aquecem alma negra
nem o tempo enterra velhos hábitos,
Para quando as palavras tenham som,
estes meus ouvidos, já se encontraram enterrados.
E enquanto as árvores sussurram ao vento,
Faço do traço, renda que o destino tece.
Da agulha, rota, De um chão que não se conhece.
Engasto a coragem que trago no peito,
Com a resiliência que só a experiência dá,
E sigo, mirando o que existe para lá dos sentidos,
conhecendo cada pedra deste meu caminho.
Monto assim o saber,
e contorno os imprevistos.
Nisto que tem por nome, fado.